Não foram duas, nem três e tão pouco quatro. Foram 10 vezes somente este mês.
Que te deixei entrar e dormir mais uma noite comigo.
Sabes dos meus sentimentos por ti. E com isso na mão, brincas.
Remediar o equívoco não é fácil. O coração de um homem é orgulhoso.
E não fujo a regra. Não se faça de rogada.
Por favor.
Cansei das cenas. Dos choros desmedidos. Dos pedidos para ficar.
Fique. Entre. Coma. Durma. E vá embora.
Como sempre.
Aproveite e leve contigo esse coração bandido e partido.
De nada me servi.
Passei noites fantasiando.
Onde poderias estar.
Com quem.
Fazendo sabe lá o que.
Nem um telefonema para me tranquilizar.
Sentias um estranho prazer a me ver às 6 da manhã abrindo a porta,
Apavorado.
Querendo saber de ti.
Ao invés de brigar. Amor.
Quase sempre suja, gozada, batom borrado.
Levava-te ao banho. Oferecia um copo de café. E a cama.
Não foram dez e nem onze. Foram mil. As vezes que eu pedi para ficares comigo.
Rias. Somente.
E eu baixava a cabeça, mudando de assunto, perguntando como seria seu dia.
Engolindo a seco: teu desprezo, tua miséria.
Quando vias que me perdia. Batia desesperada na porta. Fazendo juras jamais vividas de amor. Quantas noites passei por esse desassossego? Santo Deus.
Hoje o dia terminou e junto tua sorte.
Leviana.
Calculista.
Frígida.
Saia!
Barão da Ralé