Já estava com saudades de estar aqui.
Semana cheia.
Trago um continho que encontrei guardado...
Espero que gostem!
Noite quente, não consigo dormir e tão pouco assistir o Corujão. Olho a rua pela janela, tudo calmo. Vou sair. Pegar um ar. Aqui estou sufocado.
Já na rua. Avisto aquela silhueta arredondada, cabelos negros, boa carnuda. Bela morena. Do sinal fechado observo a bela perdida na noite, tanto quanto eu. O sinal abre e parto, ainda a observo pelo retrovisor. Descido voltar e me aproximar.
Ela é experiente, charmosa, conhece bem seu trabalho. Aproxima-se do carro com um rebolado insinuante, debruçando-se sobre minha janela, deixando-me amostra seus belos seios. Negocia comigo. Me deixando louco. A convido para entrar e partir dali.
Enquanto procuro algum lugar para irmos, ela apenas me olha, sorri e com os dedos limpa os cantos da boca tirando o excesso de batom. Ela indica um lugar. Fala que é barato e que podemos ir até lá. Quando dei por mim, estava num motel no submundo da noite, ao lado de uma mulher que não sabia nem o nome. Já estava perdido. Entramos.
Ela não se importava comigo, apenas com meu dinheiro. Entramos no quarto e ela começou os trabalhos. Deitado na cama observava sua boca ágil, sem sentir uma gota de prazer. Puxando-a pelos cabelos, tirei-a de cima de mim. Liguei a televisão. Entre um canal de sexo e outro, um passava a novela e outros alguns clipes com músicas dos anos 80. Tocava Talking Heads, Burning down the house. Mandei que a morena dançasse para mim. E assim ela fez. A puxei para mim e a joguei na cama.
Beijando suas pernas formosas. Por entre as coxas cheirosas. Vi algo crescer. Como um homem poderia ser tão belo? A garota tinha um pau. Aquilo me fez perder o apetite.
Depois de descobrir sua verdade. Acendi um cigarro e a fiz fumar. Liguei para recepção e pedi duas doses de tequila. Começava a sentir a pele ferver. Ela na cama, perguntava o que eu procurava afinal. Eu apenas ri. Deixando aquela puta de esquina sem resposta.
Perguntei seu nome. Era Marcela. Era linda. Mas não me deu tesão algum.
Saímos de lá. Não estava satisfeito. Deixei a morena na mesma esquina que tinha lhe visto. E corri estrada. Fui parar num barzinho de beira de estrada, com caminhoneiros e homens de baixo nível. Não me importava. Queria mais uma dose e assim consegui.
Sentado no bar, observava um por um. Dentre eles tinha um baixinho, moreno, sujo, rude, mas que por algum motivo me atraia muito. Enquanto curtia uma dose. Ele estava altamente bêbado e falante. Vi o momento que ele se dirigiu ao banheiro do poleiro. Chegando lá, encontrei com ele, se aliviando. Não pude deixar de fazer o mesmo. Não sabia ao certo o que queria ali com aquele decrépito.
Enquanto urinava, eu olhava propositalmente para seu pau. O tamanho não me importava. Queria mesmo saber no que aquilo daria. Percebendo meus olhares e pela forma que me retribuía, imaginei que ia apanhar ali mesmo. Mas pelo contrário. Fui puxado pelo braço e “convidado” a sentar em um dos vasos de uma cabine. Foi tudo tão frenético que quando acordei do transe do momento estava chupando aquele estranho. E pior, estava gostando. A ponto de gozar sem me tocar. Não acreditava. Cai em mim. O empurrei e sai correndo do estabelecimento.
Entrei no carro. E ria. Ria como nunca tinha feito antes na vida. Na boca sentia um gosto peculiar e exótico. Nojo não senti, queria mais. Onde poderia encontrar?
Dei por mim num hospital. Estava vazio. Não tinha pacientes e nem funcionários. Apenas uma loira vestida de enfermeira, com os seios a mostra e com um lingerie vermelha. Perguntou-me se precisava de ajuda. Disse que queria sair, onde poderia tomar um bom drinque. Ela me disse que lá mesmo, pois me serviria um bom conhaque.
Estranhamente de fundo escutava burn down the house... Senti o gosto forte do conhaque e não desperdicei. Perguntei pelos demais funcionários e pacientes. Ela disse que eu era o seu único paciente e faria tudo que eu quisesse. A convidei para dançar a música, que estranhamente, somente eu escutava.
Na dança as coisas esquentaram. Beijava-a, apalpava seus seios, mordiscava sua orelha, puxava seu cabelo e dava tapas nas ancas. Os beijos se intensificavam, já estávamos na maca, ela de bruços, com o vestido branco levantado...
O despertador tocou. Dez da manhã. Sentia uma dor de cabeça intensa. Gosto estranho na boca. No rádio tocava burn down the house. Estava em casa, de roupas de dormir. Uma calcinha vermelha jogada no chão. Havia sonhado? O que fiz na noite passada?