Nas esquinas da vida...

"Se o tivesse escrito para procurar o favor do mundo eu teria me ornado de belezas emprestadas ou teria me apresentado com minha melhor pose. Quero que me vejam aqui no meu modo de ser simples, natural e ordinário, sem afetação nem artifício: é a mim mesmo que pinto". (M. de M.)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

De pazes com meu eu-lírico

Para meu Barão.




Eu voltei. Para o prazer e deleite de todas.
Sabia que isso duraria pouco tempo. Ela não vive sem mim.
Sou seu homem, seu ideal, sua grande ambição e sonho realizado.
Sou Barão.

Ela foi me buscar em casa. Implorou meu retorno.
Com o cigarro no canto da boca, olhava-a pelo fininho do olho,
eu a amo, mas não nego que gostei de vê-la rastejar.

Peguei-a pelas mãos – como bom malandro que sou – e as
beijei.
Sou louco por essa mulher, ela me criou, me trouxe para o real.
Passei dias e noites em claro, imaginando por onde ela estaria – Jorge sabe das minhas angústias.
Não quis nem pensar com quem poderia estar.
Mas ela voltou. Veio me buscar. Levou-me para o aconchego dela.
Espalha ai, que estou de volta.



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