Nas esquinas da vida...

"Se o tivesse escrito para procurar o favor do mundo eu teria me ornado de belezas emprestadas ou teria me apresentado com minha melhor pose. Quero que me vejam aqui no meu modo de ser simples, natural e ordinário, sem afetação nem artifício: é a mim mesmo que pinto". (M. de M.)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Devaneio inacabado...



Fato, esse aqui é inacabado! Mesmo assim, trago para deleite. 


E o que era se não mais que um corpo?
Esculpido pelo tempo.

“Rústico, uma grossaria só, imoral”. 

Mãos grossas de trabalho pesado.
Pés largos do descalço.
Altura mediana.
Suavemente acanelado.
Lábios grossos.
Olhos castanhos.

“Rigoroso, fula”.

Era assim Jubileu. Aquele homem que avistara.
Desarrumado.
Tez grossa. Aparentando fulo.
Mas de um sorriso largo...
Barba rala e mal feita. Que vez ou outra ralava a mão.

“Pecado, castigo, eterno martírio”.

Meus olhos desejosos queriam mais.
Pra que tudo aquilo de beleza?
Banhado de suor. Peito forte.

“Devaneios, desejo”. 

Simplesmente não queria desviar o olhar....



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