Mariano,
Vou embora hoje amor. Não consigo mais permanecer nessa situação. Prometes mudar, mas não é assim que vejo. Não te empenhas em nossa relação. Larguei tudo na vida e sabes disso. Nunca me arrependi. E tu, para assumir nosso amor? O que fizestes? Nada.
Continuas com teus vícios: mulheres, bebedeira, noitadas. Nunca te impedi, apesar de me desagradar. Fiquei noites sem dormir. Haja preocupação contigo. Te esperando chegar pra curar teu porre. Nem conheço os tais amigos que tanto falas, nunca fostes onde trabalho. Tens vergonha de mim. Só sabes de mim na cama, quando te dou o prazer que ninguém nunca deu.
Lavo, passo, varro. Tiro as manchas de cimento de tua roupa. Passo teus uniformes. Varro tua casa. Faço tuas vontades. E pra me agradar, nem ao menos deixas de ir ao maldito futebol, um domingo que seja pra ficares comigo.
Sai de casa por ti. Papai não quer me ver por hora. Nem tenho pra onde ir. Mas mesmo assim vou, prefiro a surra de pai, a tua indiferença.
Te amei muito Mariano. Por hora só tenho raiva. Raiva sim. Porque ainda sinto prazer contigo. E pior, porque ainda penso se realmente devo ir. Por favor, não me procure. O que queres, encontras hoje em qualquer esquina. Sei bem que vais ler e rasgar essa carta.
Pois bem, não irei me estender.
Adeus...
Inácio.
Inácio.
2 comentários:
Pai-dégua
Obrigada amor ;)
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